Entregar o prato pronto para o seu filho comer, com as quantidades que você acha necessárias de cada alimento, pode trazer tanto prejuízo para a saúde dele quanto deixar a televisão ligada durante as refeições.
Pesquisadores da Universidade de Illinois (EUA) descobriram que a falta de autonomia das crianças frente ao que e quanto querem comer pode levar a um desequilíbrio calórico no futuro. Depois de analisar os costumes alimentares de meninos e meninas de 2 a 5 anos, em 118 instituições infantis, os estudiosos perceberam que colocar as tigelas na mesa, para que eles próprios se sirvam, permite que reflitam sobre suas preferências e os tamanhos da porções de que necessitam para se sentirem satisfeitos. Esse ato simples de escolha, que está ligado ao desenvolvimento da noção de limites, pode prevenir os exageros que estão por trás da obesidade.
É claro que para funcionar, essa escolha não pode ser totalmente livre. Se eles optarem sempre pela batata frita em detrimento da coitada da alface, o efeito vai ser o inverso. Eles devem, portanto, ser orientados a “montar” uma alimentação saudável e balanceada.
Na correria do dia-a-dia nem sempre dá para fazer isso, já que é muito mais rápido entregá-los o prato já pronto. Economizamos assim o tempo que eles levariam pensando no que querem comer e o tempo que gastaríamos limpando a sujeira que provavelmente fariam. Mas vale a pena ir tentando aos poucos. Afinal de contas, é para isso que estamos aqui: para ensiná-los a fazer as coisas sem nós. E quanto antes eles aprenderem, menos trabalho teremos. Com o tempo, o ato de se servir melhorará a coordenação motora deles, de forma que a sujeira vai diminuir gradativamente. No fim, além de prevenir a obesidade, teremos feito a nossa cria subir mais um degrau na escadinha da autonomia.
Vi na Revista Crescer.
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