quinta-feira, 31 de julho de 2014

Chapeuzinho Verde e o Lobo


Esse livro foi um presente da minha querida Vovó Natureba para a Maya. É uma adaptação ecológica do clássico já conhecido, com direito a banho de cachoeira, ar puro, e tudo mais que a natureza pode oferecer.
Na cesta que a chapeuzinho leva para sua amada velhinha, nada de doces ou balas: apenas frutas e alguns pãezinhos. E em vez de um lobo feroz, é um lobo ferido que ela encontra pela estrada. Apaixonada pelos animais, a menininha decide então levá-lo à casa da vovó, que o acolhe com muito carinho. 
No dia seguinte, aparecem os verdadeiros vilões: os caçadores. Eles chegam destruindo toda a plantação da vovó e assustando os passarinhos com o barulho dos tiros. É aí que o herói entra em ação. Totalmente recuperado a base de muita sopa quentinha feita pela vovó, o lobo surge urrando e botando os caçadores para correr. 
O livro é uma edição do Paulo Serra publicada pela UNEB e não acho que seja muito fácil de encontrar por aí. Na internet achei alguns com o mesmo titulo, mas não sei se a historia é a mesma. Mas enfim, fica a ideia. Pra quem gosta de se aventurar como contador de histórias, basta acrescentar uma dose de imaginação aos fatos aqui narrados e criar a sua própria chapeuzinho ecológica.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

A Educação Proibida

Um dos melhores documentários que já vi. Vale cada minuto das mais de duas horas de duração. Ele expõe de forma clara e bem embasada a concepção que sempre tive do modelo de adestramento a que se resume o nosso sistema de ensino atual. Concluo, a partir dele, que não é apenas desnecessária e ineficaz a maior parte das escolas às quais confiamos a nossa cria, mas, pior do que isso, é também prejudicial. E é por isso que clamo hoje, mais como pessoa do que como mãe ou futura pedagoga, pela edução que liberta e ensina a pensar fora da caixinha. Porque acredito piamente que a verdadeira revolução é aquela que acontece na mente. Você pode, você faz.


terça-feira, 29 de julho de 2014

Não somos responsáveis pelo futuro dos nossos filhos

Há alguns dias descobri algo que tirou um peso ENORME das minhas costas: eu não sou responsável pelo futuro da minha filha. Talvez tenha sido a descoberta mais importante de toda a minha vida de mãe. Cheguei a essa conclusão enquanto pensava sobre as coisas das quais privaria a Maya se decidisse viver a vida simples que eu tanto quero: as boas escolas (será que são boas mesmo?), o conforto, a praticidade. E só o que me vinha a cabeça era o trecho de uma velha canção: “Como será o amanhã? Responda quem puder.” 
Eu não posso responder. E por isso mesmo decidi me desapegar da necessidade de tomar decisões definitivas e eternas. Sou nova, tenho uma vida inteira pela frente para errar, acertar, cair e levantar. E se eu, aos 24 anos, posso me sentir assim, o que dizer da Maya que ainda não tem nem 3? Ela tem tempo mais do que suficiente para correr atrás de possíveis prejuízos e reverter qualquer possível estrago que eu venha a fazer na vida dela a partir das escolhas que fizer para a minha. E essa responsabilidade é DELA, inclusive. Quem tem que trilhar o caminho dela é ELA. As portas que tiverem que ser abertas hão de ser abertas por ELA. 
Maya está entregue a Deus desde antes de nascer. E seu tenho fé, eu preciso acreditar que Ele está olhando por ela e não vai permitir que ela se torne vítima de escolhas alheias, que Ele vai fazer dar tudo certo para ela, mesmo que dê tudo errado. O que Ele tem preparado para ela, o que ela veio produzir, construir e receber desse mundo é um papo entre eles dois. É uma relação que independe de mim. Eu estou buscando na MINHA relação com Ele, encontrar o MEU caminho. Estou trocando uma ideia com Ele pra ver se a gente chega num consenso e eu descubro o que é de fato que Ele tem em mente. Porque se Ele colocou esse desejo tão forte dentro de mim, Ele sabe o que está fazendo. Assim como sabia muito bem o que estava fazendo quando mandou a Maya de supetão pra bagunçar a minha vida toda. Ele sabe que agora ela faz parte do pacote, que ela está na mochila e vai a onde eu for porque é um pedacinho de mim. 
Filhos são presentes que Deus coloca na nossa vida para a gente aprender um montão de coisa, para a gente descobrir o amor, para a gente crescer em vários aspectos das nossas vidas. E eu agradeço a oportunidade de conviver com essa vidinha tão especial que é a Maya, mas não consigo acreditar que sou totalmente responsável pelo seu destino. Acho que é ilusória a ideia de que controlamos a vida da cria se nem mesmo a nossa podemos controlar. No fim das contas, 99% dos filhos seguem rumos diferentes daqueles que foram projetados para eles.
Eu mesma sou um exemplo disso. Não acho que fizesse parte do planejamento dos meus pais que a maternidade fosse preceder a formatura e o casamento na sequencia de acontecimentos da minha vida. Não acho que eles imaginaram algum dia que eu ia querer viver em meio a galinhas e plantações nem que fosse abandonar o promissor curso de Direito para cursar Pedagogia. Acho que não imaginaram tantas outras coisas que terminaram por acontecer comigo, mas não há que se culpar ninguém por isso. Eles me deram o melhor deles, que acabou sendo o melhor para mim. Cada conhecimento, cada encontro, cada momento que eu vivi no trajeto que trilhei a partir das escolhas que eles fizeram para mim, foi determinante para que eu me tornasse quem  sou e escolhesse viver de outra forma. Se eu estou insatisfeita com o rumo que a minha vida tomou, a responsabilidade de mudar isso é MINHA apenas. Eu é que tenho que abrir as portas que vão me levar a onde eu quero ir, assim como a Maya vai fazer um dia se ela entender que as portas que eu abri para ela não são as que ela quer entrar: 
- Olha só manhê.... valeu você ter me ensinado essas parada de contato com a natureza, comer mais saudável, simplicidade e tals, mas aí... essa vida de bicho grilo do mato né pra mim não, falou? Eu quero mesmo é a badalação da cidade grande.
 - Vai nessa então, Maya. Se joga! Que Deus te abençoe, te proteja, te guie e te guarde, amém.
E aí, titi, é entre ela e Ele. Eu já não vou ter mais nada a ver com isso. É a hora que eu fico com meu coraçãozinho apertado, olhando de longe, torcendo pra dar certo e pensando comigo mesma: “é... a pequenininha com cheiro de feijão cresceu!
Tenho percebido a cada dia que a minha felicidade está muito mais relacionada a aprender a viver com menos do que a obter mais e não consigo achar coerente abrir mão dessa felicidade porque um-dia-talvez-quem-sabe a Maya possa vir a preferir outra coisa. Não vejo sentido em submeter a minha filha a uma vida que é contrária a minha ideia de vida em nome do futuro far far way dela que eu nem sei como vai ser. Não posso construir a minha vida com base em expectativas futuras e por isso também não crio expectativas para a Maya. Não espero que ela seja advogada, nem médica, nem professora, nem nada. Nem mesmo que seja bem-sucedida financeiramente. Eu quero que ela seja quem ela é, quem ela veio ser no mundo. Que tenha tempo para mergulhar dentro de si e descobrir isso e muitas outras coisas que as escolas mais cara do mundo inteiro não são capazes de ensinar. Que não tenha a infância obstruída por uma agenda de adulto, pulando de uma atividade para outra para garantir o seu sucesso profissional. Que tenha tempo para ser criança sem ter que ouvir diariamente que a mamãe está atrasada (“Como assim você não comeu essa banana ainda, Maya?”). E finalmente, quero que adquira valores que essa vida aqui me impede, ou pelo menos me atrapalha, de lhe transmitir.
Como ensinar o valor da gratidão, quando nunca se tem o bastante? Como ensinar o valor da simplicidade onde somos o que temo$ para oferecer? Como ensinar o valor da solidadriedade, se mandamos as nossas crianças para escolas cujo principal objetivo é prepará-las para uma guerra chamada vestibular? Como vou ensinar à Maya que ela é linda do jeito que ela é, se a sociedade vice-campeã das cirurgias plásticas vai martelar o tempo inteiro na sua cabecinha que ela precisa ter o cabelo liso, o peito grande e a cintura fina?
Não faz sentido. Por isso posso dizer que há algumas coisas que ainda me prendem aqui e me impedem de viver o meu sonho, mas a minha filha CERTAMENTE não é uma delas. Entender isso foi de certa forma reconfortante. Agora sei que se por acaso esse sonho não vier a se concretizar, não irei derramar sobre ela as minhas frustrações. Sei que terei sido eu a ÚNICA responsável por isso, por não ter tido coragem ou força de vontade suficientes. Você não, morena. Você não tem nada a ver com isso.

sábado, 26 de julho de 2014

Os Meus Velhinhos

Esse blog é sobre maternidade e coisas afins. Mas como antes de ser mãe, eu fui neta e bisneta, peço licença hoje para homenagear também os jovens velhinhos que fazem parte da minha vida, aproveitando para parabenizar a todos os vovôs e vovós. Lá vai:

A VOVÓ ATIVIDADE
Não conheço velhinha mais sagaz! Não sei de onde vem tanta energia. Às vezes eu fico cansada só de imaginar as coisas que você é capaz de fazer num único dia. Fico me perguntando se algum dia você será capaz de se deixar cuidar por alguém. Com seu jeitinho “venha chegue colabore com a casa” onde “colaborar com a casa” significa comer as coisas gostosas que você faz com tanto carinho, essa mulher parece ter nascido com o dom de servir. Qualquer prazer te diverte e todo sacrifício que você puder fazer será pouco se for pra deixar alguém feliz. O amor que você tem transborda e se espalha. Admiro muito você, vózinha. E se às vezes eu brigo com você por causa da Maya, é porque quero que ela aprenda a seguir o seu exemplo, em vez de se aproveitar da sua bondade, que ela saiba servir também aos outros, e não apenas ser servida. 

O VOVÔ RESPONSA
A integridade e o caráter personificados. Nem a política foi capaz de corromper você, vôzinho. Um homem cuja fé em Deus sempre se traduziu em gestos e atitudes muito mais do que em palavras. O exemplo vivo de como um homem deve tratar uma mulher. O marido mais paciente da face da terra. Acho engraçado que a minha vó tenha te apelidado de Jô. Deve ter sido uma comparação inconsciente com Jó. O que mais me impressiona em você é o fato de que nunca, na minha vida inteirinha, te vi desmoronar. Foram várias as provações que apareceram na sua vida, mas diante de todas elas você se manteve inabalável em sua fé. Não como alguém que usa a fé pra justificar o conformismo e a passividade diante dos acontecimentos, mas como aquele cara que chama a responsabilidade para si, faz o que tem que ser feito e assume o controle da situação com a serenidade de quem sabe que na verdade é alguém maior que ele que está no comando. Espero um dia ter essa intimidade toda que você tem com o Pai.


A VOVÓ NATUREBA
Ahhh, dona Quequeu! A senhora não é fácil! É engraçado como alguém que entende tanto de folha pode ser tão pouco zen como você. Sempre preocupada com tudo e com todos. Acho linda a forma como você cuida das pessoas. E assim era desde que me conheço por gente. Carinhosa, zelosa, exagerada. Cuidou do marido a vida toda, até o dia em que ele foi para a vida eterna. Deu tudo que tudo o que tinha dentro de si para ele, que teve a vida tão longa quanto seus cuidados puderam permitir. Confesso que foi só depois de grande que passei a dar valor na sua sabedoria de curandeira. Hoje sou grata por poder usufruir das sementes de amor e respeito à natureza que você planta em mim. Obrigada, vó!

O VOVÔ BOA-PRAÇA QUE VIROU UMA ESTRELINHA NO CÉU
Até hoje sinto sua falta, vô. Fico imaginando como você e a Maya seriam apaixonados um pelo outro e como ela ia ficar besta com as suas brincadeiras e maluquices. O que me conforta é a certeza de que vocês se encontrão daqui a uns bons anos, que passarão como segundos na Eternidade em que você está vivendo. Poxa, vô... eu queria ter te dito tanta coisa. Eu já te amava muito quando você se foi, mas precisei crescer e amadurecer pra compreender o tamanho do homem que você foi. Um guerreiro que lutou a vida toda, mas nunca deixou transparecer as dificuldades que enfrentou. Você as driblava com sorrisos e músicas engraçadas. Te amo, muito, seu Jessé! Escrevo na certeza de que mesmo que não possa ler essas palavras, você pode ler o meu coração de onde quer que esteja. 

A VOVÓ EMPRESTADA
Sua sinceridade me encantou desde o primeiro momento, vó Alice. Sua língua sem papas simplesmente me deixou apaixonada. Eu sei que a vida nunca foi fácil pra você, mas a senhora tratou de dar uma rasteira nela e conseguiu formar suas quatro filhas sem perder o bem maior que o ser humano pode ter: a simplicidade. Cada dia mais me convenço de que a verdadeira felicidade está muito mais na vida simples que você sabe levar do que na praticidade corrida aqui da capital. Sou muito grata por ter encontrado seu neto nos caminhos da vida e por ele ter me emprestado você. Viúva mais formosa de Formosa inteira, você já chorou o luto de três maridos e tenho certeza que choraria a perda do quarto tranquilamente se ele quisesse se arriscar. Com todo respeito ao vô do Ed, sei que foi o “axé da Bahia” que mais fez chacoalhar o seu coração, e espero poder te trazer pra cá em breve pra relembrar os velhos tempos. Um beijo cheio de dendê pra você.


A VOVÓ TIA
Não é vó. Mas forma uma duplinha dinâmica com a Vovó Atividade há tanto tempo, que é como se fosse. Para mim é como se você tivesse se cercado de uma muralha grande e resistente na tentativa de não deixar ninguém entrar. Mas quem consegue driblar a segurança, encontra o coração aberto e aconchegante de uma mulher disposta a fazer tudo para ajudar. Os animais sempre souberam, melhor que as pessoas, arrumar um jeitinho de chegar lá, mas acho que posso me considerar incluída no seleto grupo de seres humanos que encontraram o caminho das pedras. Obrigada, tia, pela ajuda na hora mais "precisante" e por estar sempre colorindo as nossas vidas com a sua arte.


A VOVÓ DO CORAÇÃO
“Deixei de ser branca pra ser franca” é o que você costuma dizer. E você adora exercitar a sua franqueza pelos quatro cantos do mundo. Quando você morrer, Duinha, vai ser um caixão pra você e outro pra sua língua, você sabe. E esse seu jeito maluco e engraçado invadiu nossa família com tanta força que você se tornou parte essencial da gente. Obrigada por todo amor que você nos dedicou. Só alguém muito especial conseguiria cuidar de tantas pessoas melhor do que elas mesmas. Amamos você!

A VOVÓ NENÉM
No auge dos seus 104 anos você continua florescendo a cada dia. E não tem como falar de você sem falar da sua história, uma vida inteira dedicada a acolher, ajudar e amar pessoas. Mas embora seja lindo o seu passado, é no presente que a sua vida está feita agora. No momento em que finalmente se descobre que não importam os anos, mas a magia contida em cada dia que se levanta. Que você viva mais uma eternidade inteira, Bisa. Mais que essa eternidade seja feita de “hojes” vividos intensamente. Que eu e a minha filha possamos partilhar desses seus “hojes” com você e aprender, com a sua voz mansa e o seu sorriso doce, que é no efêmero que mora o eterno.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Rafinha - Benvinda

"Quando eu vou na casa da minha avó, saio de lá com vontade de espalhar pro mundo todos os princípios que ela ensina em cada gesto singelo e cada comidinha feita com amor." 

Na semana dos avós, compartilho essa canção doce como doce de vó:


terça-feira, 22 de julho de 2014

O Neto Filho do Filho

Filho da minha filha, meu neto é. Filho do meu filho, será ou não?

A resposta a essa pergunta pode depender também de você. Como você estimula a relação do seu filho com a avó paterna? Dá a ela a mesma liberdade concedida à sua mãe?

É engraçado como essa nossa sociedade machista produz famílias matriarcais. A postura de prender as cabras e soltar os cabritos possibilita à filha mulher estabelecer com o clã vínculos afetivos mais fortes, que são por ela mantidos mesmo após o casamento. É o que geralmente acontece, mas toda regra tem suas exceções. Lá em casa, por exemplo, o tratamento foi sempre o mesmo para os dois filhos. Não tinha nem aquela história do menino ser mais apegado à mãe e a menina ao pai. Era tudo muito igual mesmo. Acho que quando o meu irmão for pai, os filhos dele serão tão netos dos meus pais quanto a Maya.

Isso, é claro, no que depender dele. Digo isso porque, afinal de contas, ninguém faz filho sozinho. Haverá a participação daquela outra, a "estranha", a "de fora da família" - a mãe - que nesse caso específico somos eu e você. Somos todas mulheres dos filhos de outras mulheres ou pelo menos mães dos filhos dos filhos de outras mães. Por que razão elas haveriam de ser menos avós dos nossos filhos do que as nossas mães?

É natural que logo após parir a cria, a gente deseje a companhia da pessoa que nos faz sentir mais à vontade: aquela que nos pariu. Principalmente se for o primeiro filho. É tudo tão novo, tantas coisas diferentes para fazer, tanta gente querendo dar pitaco. Em meio a todo esse turbilhão, agravado ainda pela ausência de horas de sono, pode até ser perigoso ter a sogra por perto. Com a nossa mãe a gente tem liberdade para dar um chega para lá, que ela entende. A sogra pode não aceitar tão bem, pode se ofender, e aí a m... está feita.

Mas o desespero passa. A gente vai se acostumando à maternidade, e as coisas vão ficando mais tranquilas. Ainda assim, algumas mulheres optam por continuar mantendo a sogra a uma distância segura de si mesma e consequentemente da cria. Será que temos esse direito?

Dizem que os netos são a última grande paixão dos avós. Acho que a palavra "última" dá uma ideia um pouco fúnebre a essa frase tão bonita. Só do meu lado, a Maya três bisavós e uma tataravó, o que significa que eu não fui a última grande paixão de nenhum deles. Mas de qualquer forma, os netos são sim uma grande paixão. Eu lembro que quando a Maya era menor, sua avó paterna Maria Alice ficava decepcionada quando chegava lá em casa e a encontrava "desembrulhada". Eu não a embrulhava porque não fui embrulhada, já que nasci em Salvador e imagino que embrulhar bebês soteropolitanos seja considerado tortura. Quando muito, apareço nas fotos com uma calcinha por cima da fralda de pano. Mas a Maya nasceu em Brasília. Não faz tanto calor. Dá pra deixar o neném mais quentinho. E era isso que a minha sogra fazia. Pegava alguns daqueles cueirinhos e empacotava a neta com tanto carinho que chegava a me emocionar. E em seguida a embalava e cantava para ela dormir. Como poderia eu querer tirar isso delas?

Talvez seja mais fácil pra mim falar isso, já que a minha sogra não é sogra, é "tia". Eu tinha 15 anos quando comecei a namorar o Ed, de modo que até hoje, aos 24, só consigo chamá-la assim. Tenho por ela um carinho sincero, sem puxa-saquismo, e sei que embora ela naturalmente não concorde com algumas das minhas atitudes, a recíproca é verdadeira. Mas e quando a sogra é aquela típica megera? E quando a relação entre sogra e nora assemelha-se a uma Guerra Fria?

Aí é hora de você pensar na cria. Não é só a sua sogra que vai sair perdendo se você privá-los dessa relação. O seu filho perde também a chance de estabelecer mais um elo de amor verdadeiro e incondicional. Não significa que você deve deixá-la fazer o que quiser. Apenas não use com ela medidas diferentes das que você usa com a sua mãe. O mesmo tem que valer para as duas. Escrevi aqui algumas dicas de como lidar com os mimos exagerados da sua mãe. Você pode utilizá-las também com a outra avó, fazendo as adaptações necessárias.

É verdade que muitas vezes acontece o inverso. Algumas noras se queixam da diferença do tratamento dispensado pelas sogras aos seus filhos em relação aos filhos de suas cunhadas. Se for esse o seu caso, converse com ela. Numa boa, sem acusações. Mostre que eles não são menos netos que os filhos das filhas e dê a ela liberdade para paparicá-los também.

Você pode pensar que isso é obrigação do seu companheiro, já que ele é o filho dessa mulher. Mas talvez ele tenha sido criado como um cabrito solto, e não tenha a mesma noção que você de como é importante o vínculo familiar. Talvez caiba mesmo a você resgatar isso. E as mães de menino tem um motivo a mais para fazê-lo. Se não for pelo bem da coletividade, que seja por você mesma. Provavelmente o seu cabrito querer ter uns "cabritim" futuramente. Quanto maior for o vinculo dele com a família paterna, menor a probabilidade dele se debandar pra família da mulher, levanto consigo os seus amados netinhos. Se ele crescer acreditando que o lado da mãe é mais família que o lado do pai, talvez você precise mesmo aceitar a ideia de que "o filho homem a gente perde para a vida".

domingo, 20 de julho de 2014

Vó - Essa Doce Vilã


Dizem que vó é mãe com açúcar. Não há definição melhor. Doce velhinha, doce vilã. Ela ama mais do que incondicionalmente o seu filho e faz tudo o que ele quer. Não há limites a serem estabelecidos, não há obrigações, não há cobranças. É só amar, e mimar, e amar mais.
É como se de repente ela tivesse perdido totalmente a noção dos sentidos. Não sabe mais o que é certo ou errado. Não sabe que comer doces antes do almoço tira o apetite e você simplesmente não reconhece mais a sua mãe. E agora, o que fazer? Como diminuir o estrago causado por ela sem para isso estragar a relação entre vocês? Vejamos algumas dicas:
Flexibilize o que é flexibilizável: 
Você não vai negociar a saúde do seu filho, mas existem coisas que podem ser relativizadas. Há regras que podem ser quebradas de vez em quando e, acredite, ela vai quebrá-las de todo jeito.  É preferível que ela faça com a sua permissão do que sem. Pelo menos você evita que ela o acostume  a fazer coisas escondido de você.
Explique suas razões: s
Sempre vale a tentativa, mas provavelmente não irá funcionar. Da mesma forma que não funcionou anos atrás quando ela tentou explicar as mesmas razões à sua vó. Mas não custa tentar. Relembre a ela que uma criança precisa de limites e que embora  você ame o seu filho, tem também a responsabilidade de educá-lo, e que para isso precisará ser dura algumas vezes.
Reconheça o bom trabalho que ela fez: 
Afinal de contas aí está você hoje. E agora sabe o quanto é difícil a tarefa de ser mãe. Ela passou por essa prova e isso é razão mais do que suficiente para você admirá-la e respeitá-la. Diga que se orgulha da mãe que ela foi  e lembre-a que o sucesso dessa missão dependeu também dos limites que ela estabeleceu a você.
Ponha-se no lugar dela: 
Imagine que o seu bebê um dia vai ter um bebê. Agora imagine o seu bebê dizendo para você como você deve proceder com um terceiro bebê: o seu neto. É estranho, não é? Explique para ela que o fato de você querer fazer diferente não tem a ver com aprovar ou não a forma como ela a educou, mas com o seu desejo de viver a sua própria experiência de mãe, de cometer os próprios erros, de fazer as próprias escolhas.
Volte um pouco ao passado: 
Olhe para o seu filho, pense no amor que você sente em apenas vê-lo sorrir. Agora lembre que você um dia foi esse bebê e que ela te olhava da mesma maneira. Esse elo não precisa ser quebrado porque chegou um terceiro elemento. Ao contrário, ele tem que se fortalecer. Uma pessoa que te ama do jeito como você ama o seu filho não pode SÓ atrapalhar a sua vida. Pense em como ela pode contribuir.

UMA VOVÓ BUCANEIRA 
Aproveito esse post para falar sobre uma vó um pouco diferente: a senhora Simone von Sohsten Ramalho, minha rainha e mãe. 

- Ela briga com a Maya! De vez em nunca, mas briga. E quando faz isso é de uma forma única que é ao mesmo tempo firme e doce. 

- Ela não me repreende quando sou dura com a pequena, apenas se permitindo lançá-la aquele olhar de cumplicidade. 

- Quando ela me diz para fazer algo de forma diferente é de um jeito tão amoroso que eu não sinto que ela está me condenando ou advogando em favor da minha filha, mas apenas e sinceramente querendo me ajudar.
De uma maneira muito sábia ela escolheu me incluir na relação, transformando-me em aliada para os seus mimos. Ficamos ainda mais próximas depois que entrei para o time das mães.  Sei que elas vão ter os seus segredinhos, mas isso não me preocupa porque sei também que posso confiar na minha mãe para dar à minha filha os melhores conselhos. Elas vão aprontar juntas, eu sei. Mas sei também que quando eu descobrir, a Vovó Buca vai me olhar com aquela cara de moleca e eu simplesmente não vou conseguir brigar com ela.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Imperdível! Sutiã com bojo para meninas de 2 anos!!




Estou até agora tentando entender qual a necessidade de sutiã com bojo para BEBÊS de 2 anos? Alguém me explica, por favor. Estamos mesmo perdendo a noção dos sentidos? Tá valendo tudo assim na cara dura em nome do lucro, das vendas ou sei mais la de quê? Código do Consumidor, ECA, Presidente da República, alguém, por favor, estabeleça um limite para o marketing!

Eu, que já andava angustiada com as conseqüências que o consumismo tem trazido aos adultos da nossa sociedade, agora me pergunto o que será das nossas crianças. Estamos perdendo gradativamente o contato com o simples à medida em que a criatura se transforma em criador. Inventamos a todo instante métodos para driblar a natureza e controlar o tempo. E para garantir que o consumo ocorra à mesma velocidade da produção, a mídia trata de determinar não só aquilo que se deve ter para parecer feliz, mas também como se deve ser. 
Nunca houve uma geração tão bonita. E nunca houve uma geração tão insegura, tão cheia de doenças na mente e feridas na alma. Basta retrocedermos à década de 90 e veremos que as personalidades consideradas sexy-simbols eram pessoas comuns, do tipo que se pode encontrar na rua. Hoje o que vemos são bonecas e robôs com movimentos mecânica e milimetricamente controlados. Corpos sarados e cuidadosamente re-criados. Sacrifica-se muitas vezes a própria saúde em prol de uma aparência saudável, a tecnologia é mais uma vez utilizada para disfarçar os detalhes que a luta contra a natureza não foi capaz de vencer, e o desespero se esconde atrás de sorrisos artificiais. Somos uma sociedade maquiada até a alma que luta para se esconder de si e dos outros. Simplesmente não podemos mais ser aceitos pelo que somos. Mas, e os nossos filhos? Tão pequenininhos. Não podem, pelo menos eles, serem o que são? Não podem as crianças serem apenas crianças? 

Acho engraçado que apesar de me ver quase sempre com a cara lavada (no ultimo casamento que fui, por exemplo, minha produção se resumiu a um lápis de olho e um brilho labiala Maya ADORA brincar com as maquiagens da minha vó. No começo eu não gostava, mas hoje, pra falar a verdade, até dou risada quando ela aparece com a cara toda zuada de batom. Percebi, aliviada, que não é uma tentativa precoce de parecer o que não é, mas apenas uma espécie de arte-lúdica-no-proprio-corpo. Enquanto for assim, acho que não tem problema. Mas confesso que não sei muito bem se serei capaz de distinguir quando deixar de ser uma coisa e passar a ser a outra.
Como bem disse a doula, educadora perinatal e cofundadora do Movimento Infância Livre de Consumismo Débora Diniz, “é normal as crianças quererem imitar os adultos, brincarem de “gente grande”, é normal desfilar com as roupas da mãe, do pai, brincar com as maquiagens, com a espuma de barbear, com o celular. O que não é normal é a indústria do consumo ver nisso um filão de mercado e comercializar para crianças produtos que não deveriam fazer parte de seu universo, investindo pesado em licenciados e publicidade. Não é normal uma agência de propaganda produzir imagens de crianças em poses totalmente inadequadas, incentivando a erotização.” 
NÃO É NORMAL! Então, quer trocar a sua alma pela “alma do negócio”, ok. Boas compras para você. Mas por favor, deixe as nossas crianças fora disso.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Terceirização de Filhos: Contratam-se Mães


Foi no verão de 2013 que notei a ocorrência desse fenômeno. A minha filha tinha então 1 ano e meio e estávamos aproveitando as férias na praia, quando resolvemos no refrescar. Ao entrar na água constatei rapidamente que, embora estivesse em meio a um mar de gente pequena, eu era a única mãe ali presente. À exceção de Maya, todas as crianças estavam acompanhadas de suas respectivas babás. Comecei então a observar aquela cena: uma babá tentava inutilmente impedir que um garotinho atirasse nos outros com sua pistola aquática, outra mergulhava e tornava à superfície repetidamente arrancando gargalhadas de uma bebê gorduchinha cada vez que surgia dizendo “bu!”, enquanto  uma terceira encorajava seu “tutelado” a perguntar o nome do amiguinho.

A partir daquele dia passei a olhar com mais atenção para aquelas mulheres que deixam seus próprios filhos em casa para se tornarem mães de filhos alheios. Aquela figura que destoa, que choca e incomoda ao ponto de ter sua entrada preconceituosamente vetada em piscinas de clubes, mas sem cuja existência posso afirmar que muitas mães simplesmente não saberiam ser mães. Não saberiam porque escolheram terceirizar a maternidade, delegando às babás as funções de limpar, abastecer,  entreter e apagar a cria, além de ministrar os medicamentos, levar e buscar na escola, educar e deseducar.

Fico me perguntando o que tinham em mente essas mulheres quando decidiram ter filhos. Talvez pensassem que a maternidade se resumisse aos custos financeiros que ela implica. Ser mãe seria então apenas pagar boas escolas e presentear com brinquedos caros? Não, Cell, claro que não. Tem também aquela parte de ir ao shopping comprar roupas bonitas. Afinal de contas, ser mãe é também poder exibir uma miniatura nossa com impecável elegância nos eventos sociais. Tá, e o que mais?

Preciso deixar claro que não estou me referindo às mães que, pelas mesmas razões das babás, são obrigadas a passar o dia longe dos seus filhos. Nem àquelas que – como eu gostaria de poder fazer – contratam uma pessoa para auxiliar nos afazeres doméstico. Esse texto é sobre aquelas mães que podem dedicar mais tempo às suas crianças, mas por algum motivo preferem não fazê-lo. Não sou eu que vou dizer se você se encaixa nesse grupo. E caso a carapuça tenha servido, também não sou eu que vou julgá-la ou condená-la. Se fizesse isso, precisaria calada ouvi-la apontar cada um dos meus defeitos como mãe. E eles não são poucos.

A intenção desse texto não é fazê-la  sentir-se culpada, mas levá-la a refletir no que VOCÊ pode estar perdendo com isso. Ver um filho descobrindo o mundo é uma das coisas mais fantásticas que podemos presenciar. As expressõezinhas que eles fazem, as coisinhas sem sentido que inicialmente falam, e que aos poucos vão se transformando em frases coerentes sem a gente nem se dar conta de como haviam crescido. Citando o psicólogo e terapeuta familiar Alexandre Coimbra Amaral, "as horas de lazer são momentos de construir pequenos e sucessivos rituais de conexão com nossos filhos, ou seja, é nesse momento que eles conhecerão melhor quem somos e nós teremos acesso às suas crenças e como estão construindo a sua visão de mundo. Isto é de uma riqueza insubstituível." Não abra mão disso. Não abra mão do bem que fará a vocês se viverem esses momentos juntos.  Não deixe para outra pessoa o prazer de lamber a sua cria. 

Abaixo segue um vídeo do pediatra José Martins Filho sobre as crianças terceirizadas. Vale uma galinha inteira assistir.


terça-feira, 15 de julho de 2014

Tom Fletcher - Something New

Tom Fletcher, um dos integrantes da banda britânica McFly, fotografou todos os dias a gravidez de sua esposa Giovanna Falcone. Com base na música “Something New”, de sua autoria, ele criou um lindo clipe para comemorar a chegada do seu primeiro filho, o Buzz Michelangelo. A canção fala sobre as novidades que virão com a chegada da criança. Olha só:



segunda-feira, 14 de julho de 2014

Mães Anônimas


Você já participou de uma reunião de alcoólicos anônimos? Eu ainda não tive essa oportunidade, mas tenho um amigo que já frequentou por curiosidade e me falou sobre o quão acolhedor lhe pareceu aquele ambiente. O que mais o chamou atenção foi o radicalismo da confissão daquelas pessoas. Elas não estavam ali porque eram boas o suficientes para isso. Ao contrário, elas iam lá para falar sobre os seus tropeços e apoiarem uns aos outros. Sem julgamentos. Sem cobranças. Leve e reconfortante.

Fiquei pensando em como seria bom se nós mães pudéssemos falar abertamente sobre os nossos erros. Todas sabemos o quanto nos sentimos perdidas de vez em quando, sabemos que muitas vezes fracassamos e tomamos atitudes que não são dignas de aprovação. Sabemos inclusive que o erro é pré-requisito da maternidade, mas não falamos sobre ele. Em vez disso preferimos nos gabar do que dá certo. Falar com aquele ar de orgulho sobre como as nossas crianças são educadas, limpas, inteligentes e bem alimentadas. Aconteça o que acontecer, precisamos parecer boas mães perante a sociedade. Ela nos exige isso.

Nada pode ser pior do que uma mãe negligente, ou permissiva, ou agressiva, ou indiferente. Nem o pai que estupra a própria filha é pior do que a mãe que consente calada. Pelo amor de Deus, não estou aqui defendo esse tipo de conduta. Apenas a utilizei para demonstrar que não há perdão para uma mãe que falha. A cobrança sobre ela sempre será maior. E isso vale tanto para os erros imperdoáveis como o desse exemplo grotesco, quanto para os pequenos descuidos pedagógicos que muitas vezes cometemos. E o mais curioso é que nós somos também essa sociedade que nos cobra tanto. Não há olhar mais cruel e constrangedor ao deslize de uma mãe do que aquele lançado por outra mãe. A Super Mãe que não erra nunca.

Quantas vezes me peguei condenando inconscientemente a conduta de outras mães? Mães muitas vezes desconhecidas, sobre cuja história nada sei. Não sei o dia que essas mães tiveram, não sei o contexto em que a situação está acontecendo, apenas olho e acredito que aquele único ato naquele único instante me é suficiente para julgar todo o seu comportamento. E, sinceramente, ainda que fosse, quem sou eu para apontar-lhes o dedo? Acaso não erro também? Acaso não já vivi um dia “daqueles”, em que a gente apenas quer sobreviver à cria? Então por que é mesmo que fazemos isso? Já não padecemos o bastante no paraíso da maternidade? Precisamos colocar essa carga extra umas nas outras?

Não é fácil abandonar esse hábito, eu sei. O julgamento é algo tão enraizado na nossa cultura que acontece praticamente de forma automática. Será preciso um esforço constante e treinamento quase diário. A todo momento você cruza o caminho de outras mães nas ruas, nos shoppings, nos parques. Muitas vezes elas estarão agindo de um modo que você julga inapropriado. Simplesmente não as julgue. Considere a possibilidade delas terem escolhido uma forma de ser mãe diferente da sua e siga o seu caminho. Ajude se achar necessário. Mas se fizer isso, não se coloque numa posição superior. Reconheça-se como imperfeita. Dê dicas e seja humilde para recebê-las também. Poderemos, dessa forma, trocar experiências e opiniões. Perceberemos aos pouquinhos que em muitas situações os conselhos das mães bem-sucedidas ajudarão menos do que o consolo daquelas que também falharam. E, em vez de nos tornarmos um peso umas para as outras, aprenderemos a nos ajudar mutuamente nessa tarefa tão nobre e árdua que é a maternidade.

domingo, 13 de julho de 2014

As Fadas e a Fada-Madrinha


Já falei um pouco sobre o que penso de festas infantis e sobre como consegui gastar relativamente pouco na festa de 1 ano da minha filha. E eu gostei tanto dessa história de comemorar pagando barato que estabeleci um desafio pra mim: gastar menos com as festinhas dela a cada ano.

O segundo aniversário da Maya foi comemorado apenas com a família e logicamente saiu bem mais em conta. A festa foi de fadinhas e contou até com uma fada-madrinha de carne e osso: Laurinha Vorique. Essa minha amiga-irmã de infância faz medicina na Federal (UFBA) e mesmo tendo várias provas na semana seguinte ao aniversário da Maya, foi comigo na Avenida Sete comprar as coisinhas que faltavam pra decoração no sábado de manhã, e só voltou pra casa tarde da noite depois de me ajudar a fazer tudo. E no domingo lá estava ela de novo, arrumando o salão de festas com mais perfeccionismo do que eu. Passou o fim de semana inteirinho por conta da gente sem nem comentar de prova hora nenhuma. Vez em quando ela falava o nome de um osso ou coisa assim, mas soava mais como uma externalização do espanto diante da maravilhosa complexidade do corpo humano do que como uma forma de revisão da matéria. Só posso agradecer, agradecer e agradecer. E dizer que sem você não teria acontecido.

Eis aí outra vantagem de fazer festa colocando a mão na massa: dificilmente se consegue fazer tudo sozinha. Você acaba tendo que contar com a forcinha de pessoas especiais e descobre que sim! ainda existem pessoas nesse mundo que se entregam pelas outras sem esperar nada em troca. Te amo, Lau!

Obrigada também à minha mãe e rainha, que com arte, amor e carinho fez o bolo e os cupcakes mais lindos da floresta inteira. Seu nome deveria ser surpresa, né manhê? Como sempre encantando a gente com suas surpresinhas. Na hora que parti o bolo vi que ele era todo colorido por dentro. Não me perdoei até hoje por não ter tirado foto! Na verdade, tiramos poucas fotos dessa festa. Aqui vão algumas delas:














sábado, 12 de julho de 2014

Caetano Veloso - Boas Vindas

Um clássico do Caetano de que gosto muito, principalmente pela parte em que ele chama a cria para a vida dizendo que ela é gostosa. A gente já viveu o suficiente pra saber que, assim como a nossa, a vida dos nossos filhos nem sempre será fácil. Mas acho que faz parte do nosso papel ensiná-los a não perder o gosto por ela, por maiores que sejam as pedras do caminho.


sexta-feira, 11 de julho de 2014