domingo, 20 de julho de 2014

Vó - Essa Doce Vilã


Dizem que vó é mãe com açúcar. Não há definição melhor. Doce velhinha, doce vilã. Ela ama mais do que incondicionalmente o seu filho e faz tudo o que ele quer. Não há limites a serem estabelecidos, não há obrigações, não há cobranças. É só amar, e mimar, e amar mais.
É como se de repente ela tivesse perdido totalmente a noção dos sentidos. Não sabe mais o que é certo ou errado. Não sabe que comer doces antes do almoço tira o apetite e você simplesmente não reconhece mais a sua mãe. E agora, o que fazer? Como diminuir o estrago causado por ela sem para isso estragar a relação entre vocês? Vejamos algumas dicas:
Flexibilize o que é flexibilizável: 
Você não vai negociar a saúde do seu filho, mas existem coisas que podem ser relativizadas. Há regras que podem ser quebradas de vez em quando e, acredite, ela vai quebrá-las de todo jeito.  É preferível que ela faça com a sua permissão do que sem. Pelo menos você evita que ela o acostume  a fazer coisas escondido de você.
Explique suas razões: s
Sempre vale a tentativa, mas provavelmente não irá funcionar. Da mesma forma que não funcionou anos atrás quando ela tentou explicar as mesmas razões à sua vó. Mas não custa tentar. Relembre a ela que uma criança precisa de limites e que embora  você ame o seu filho, tem também a responsabilidade de educá-lo, e que para isso precisará ser dura algumas vezes.
Reconheça o bom trabalho que ela fez: 
Afinal de contas aí está você hoje. E agora sabe o quanto é difícil a tarefa de ser mãe. Ela passou por essa prova e isso é razão mais do que suficiente para você admirá-la e respeitá-la. Diga que se orgulha da mãe que ela foi  e lembre-a que o sucesso dessa missão dependeu também dos limites que ela estabeleceu a você.
Ponha-se no lugar dela: 
Imagine que o seu bebê um dia vai ter um bebê. Agora imagine o seu bebê dizendo para você como você deve proceder com um terceiro bebê: o seu neto. É estranho, não é? Explique para ela que o fato de você querer fazer diferente não tem a ver com aprovar ou não a forma como ela a educou, mas com o seu desejo de viver a sua própria experiência de mãe, de cometer os próprios erros, de fazer as próprias escolhas.
Volte um pouco ao passado: 
Olhe para o seu filho, pense no amor que você sente em apenas vê-lo sorrir. Agora lembre que você um dia foi esse bebê e que ela te olhava da mesma maneira. Esse elo não precisa ser quebrado porque chegou um terceiro elemento. Ao contrário, ele tem que se fortalecer. Uma pessoa que te ama do jeito como você ama o seu filho não pode SÓ atrapalhar a sua vida. Pense em como ela pode contribuir.

UMA VOVÓ BUCANEIRA 
Aproveito esse post para falar sobre uma vó um pouco diferente: a senhora Simone von Sohsten Ramalho, minha rainha e mãe. 

- Ela briga com a Maya! De vez em nunca, mas briga. E quando faz isso é de uma forma única que é ao mesmo tempo firme e doce. 

- Ela não me repreende quando sou dura com a pequena, apenas se permitindo lançá-la aquele olhar de cumplicidade. 

- Quando ela me diz para fazer algo de forma diferente é de um jeito tão amoroso que eu não sinto que ela está me condenando ou advogando em favor da minha filha, mas apenas e sinceramente querendo me ajudar.
De uma maneira muito sábia ela escolheu me incluir na relação, transformando-me em aliada para os seus mimos. Ficamos ainda mais próximas depois que entrei para o time das mães.  Sei que elas vão ter os seus segredinhos, mas isso não me preocupa porque sei também que posso confiar na minha mãe para dar à minha filha os melhores conselhos. Elas vão aprontar juntas, eu sei. Mas sei também que quando eu descobrir, a Vovó Buca vai me olhar com aquela cara de moleca e eu simplesmente não vou conseguir brigar com ela.

2 comentários:

  1. Te amo filhota!! E é por causa desse amor por você, que eu amo tanto e tanto a Maya!! Você é o elo!!

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