sábado, 28 de junho de 2014

Lá vai ela...


"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã;
 porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. 
Ao dia basta o seu próprio mal." (Mateus 6, 34)

Lá vai ela crescendo sem que eu possa impedir ou controlar. Veio ela me mostrar que o tempo é feito grão de areia que escapa por entre os dedos. Não é ao longo dos anos que morre uma Maya e nasce outra, mas a cada dia, a cada minuto, a cada segundo. E compreender isso foi pra mim meio que como um soco na boca do estômago. 

Dizem que a maternidade torna as mulheres mais responsáveis, mas por alguma razão muito engraçada não foi isso que aconteceu comigo. Em vez de me transformar em uma pessoa mais preocupada com o futuro, a chegada da Maya na minha vida fez brotar em mim uma vontade quase compulsiva de viver o presente. Pulsa hoje na minha alma uma impulsividade doida que não sei até quando conseguirei conter. Sou diariamente bombardeada por pensamentos insanos de jogar tudo pro alto e ir viver uma vida que me permita simplesmente respirar mais. E o mais perigoso é que eu não tenho medo nenhum de onde isso pode nos levar.

Que Deus esteja conosco então, filha. É tudo que posso pedir. Que Ele dê sabedoria a mim e ao seu pai para que não a tornemos refém das nossas escolhas. Que Ele me dê paciência para compreender que o tempo tem o seu próprio tempo. Que a nossa família esteja sempre acima de tudo, até mesmo das minhas idéias malucas. Que Ele abençoe essa união e nos guie mansamente por águas tranquilas. HOJE e sempre. Amém.




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